NOSSOS IRMÃOS MENORES
Todos se recordam das tragédias que ocorreram no ínico do ano, em função das chuvas torrenciais, que causaram inundações e desmoronamentos, em cidades do estado do Rio de Janeiro. Naquelas calamidades, muitas pessoas perderam a vida, algumas de forma isolada e, muitas vezes, a desencarnação de várias pessoas pertencentes à uma mesma família. É perfeitamente compreensível para nós a dor que experimentaram os familiares, quando perderam seus entes queridos, que deixaram esse plano físico de modo tão doloroso.
Ao lado dessas centenas de tragédias humanas, que os jornais e a televisão mostraram, algumas lições puderam ser experimentadas, principalmente no que se refere ao sentimento tão forte de ligação entre um cão e sua dona, desencarnada por ocasião dos desmoronamentos.
Aproveitamos para oferecer a vocês, uma página, de autor desconhecido, para reflexão, de todos aqueles que ainda acham que não existem sentimentos, naqueles que consideramos como animais "irracionais". Esta página, de imensa beleza e emoção, revela o sentimento de abandono de um cão, somente que desta feita, realizado conscientemente por seu dono. Denomina-se: PRECE DO CÃO ABANDONADO:
" Sabe, Pai, aquele não foi um passeio comum com meu dono, algo estranho pairava em seu olhar.
Quando fui largado sozinho, onde desde pequenino, eu costumava brincar, meu corpo tremia de não mais parar.
E vaguei assustado pelas redondezas, às vezes parava no mesmo lugar, esperando que alguém viesse me buscar.
Muitos dias se passaram e as noites pareciam não terminarem, custei muito acreditar, que ele fosse me deixar.
Nunca esqueço, quando filhotinho, com meus donos fui morar, mas, depois cresci, nem mesmo sei por que deixaram de me amar.
Que teria feito eu que fosse tão mal ? ...para desprezarem assim o amor de um simples animal.
Talvez nem soubessem que deles eu dependia, mas se preciso fosse, minha vida lhes daria.
Como sinto saudades das crianças, devem ter lhes dito que fugi, espero que não tenham chorado, por terem verdadeiramente me amado.
Só bebo água suja, estou faminto e magro, meus pêlos cairam quase todos e ainda fui atropelado.
Por sorte ou por azar, eu ainda pude andar, faz muito frio à noite, no canto de chão molhado que arrumei para ficar.
É que creio, Senhor, que hoje contigo vou me encontrar, por meus irmãozinhos vos peço, pois aí no céu a maldade não mais vai me alcançar.
Senhor
*Manda-lhes pessoas que deles tenham compaixão, como eu sozinho não viverão.
*Diminui-lhes a fome, que tem me acompanhado, com o alimento do amor que me foi negado.
*Ameniza-lhes o frio, de criaturas magoadas, como o calor de pessoas que são abençoadas.
*Mata-lhes a sede, de todos os momentos, com a água pura como seus ensinamentos.
*Alivia-lhes o peso das doenças, causadas pela distância, afastando aqui da Terra o que vem da ignorância.
*Console as cachorrinhas prenhes desamparadas mostrando que toda vida deve ser preservada.
*Elimina o desespero dos mutilados em laboratórios e a dor dos sacrificados, tirando da humanidade o desprezo ao que por Ti foi criado.
*Abranda a tristeza dos que, como eu, foram abandonados, pois entre todos os males, esse foi o que mais doeu.
*Então recebe, Pai, nesta noite gélida, a minha alma, pois não será meu o sofrimento, mas dos que ficaram.
Pensamento do dia: " Somos livres para decidir sobre os nossos atos, muito embora, nos tornemos escravos de suas conseqüencias." (Chico Xavier)
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