LEI DE LIBERDADE
Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs,
Durante todos esses séculos, o ser humano encarnado não conseguiu ainda, desenvolver em si, as benesses resultantes da liberdade, direito divino, que é concedido a todos os homens.
Seja em função do tempo, das organizações governamentais, dos diferentes povos ou religiões instituídas que, muitas vezes, atrelaram seus princípios litúrgicos à necessidade de seus fiéis, temerem sempre, o castigo daquele Deus irascível de Abraão, de Jacó, de Moisés. Para tal, usaram e usam até hoje a noção do pecado, essa nódoa que castiga os homens e é responsável por direcionar suas almas ao suplício eterno.
Os irmãos, então, poderiam questionar: “Onde se encaixaria a liberdade em todo esse contexto?”
Nós respondemos que a liberdade sempre foi determinação divina, para permitir ao homem escolher o seu próprio destino. Se alguns de vocês comprarem uma roupa e depois não gostarem dela, o problema é de vocês e não da loja que lhes vendeu. Afinal, sempre foram livres para escolher. Com a evolução do ser humano acontece de forma análoga.
Os conquistadores, os tiranos, os déspotas, aproveitando-se da fragilidade dos seus povos, dominaram, torturaram ou exploraram, inclusive escravizaram pessoas ao longo dos séculos. Os dominadores fizeram a sua própria escolha e responderão por isso.
O povo, por sua vez, precisava ou precisa passar por essas dificuldades e por meio da exploração do homem pelo próprio homem, vai adquirindo sua experiência pessoal, seu próprio status espiritual.
A sabedoria milenar, iniciada pelas crenças e religiões orientais, já preparava o homem, ainda bastante inculto, para o caminho das experiências e seu respectivo comportamento no âmbito espiritual.
As religiões ocidentais, após um período grandioso do Cristianismo autêntico, simples, maravilhoso, dotado dos princípios morais e lições magníficas demonstradas pelo Mestre Jesus, foram sendo adaptadas, tanto em função das vaidades humanas, como também, trazendo de volta o temor, ensinando que Deus, apesar de ser todo amor e bondade, poderia abandonar seus filhos, condenando suas almas a serem eternamente castigadas a um fogo que queima sem se consumir, sempre enfatizando uma figura demoníaca responsável pela administração de tal local de suplícios.
Foi e ainda é assim o método de convencimento para que os homens mudem seus comportamentos indignos e reprováveis, sempre através do medo e não por meio do conhecimento da verdade. Retornou, assim, o cerceamento da liberdade, porque os pecados, quando não perdoados, levariam os responsáveis à condenação, sem apelação.
Felizmente, graças à misericórdia divina, desde o século passado, o homem foi contemplado com a revelação de que sempre teve o direito de escolher, de decidir, por si próprio, sobre o seu destino, não necessitando ser tutelado, principalmente, quando lhe é dada a oportunidade de pensar e agir racionalmente.
O sol brilha para todos, indistintamente, para puros e impuros, bons ou maus, ricos ou pobres. Assim, também, a luz divina ilumina a todos com igual intensidade, cabendo a cada um, saber como utilizá-la.
Essa é a liberdade, de que tanto necessita o homem. É essa liberdade de escolha a grande demonstração da bondade suprema de Deus. O ser encarnado pode, assim, trabalhar o seu próprio progresso, de forma que sua ascensão espiritual seja conseqüência de seus próprios méritos.
Rogo a Deus que ilumine todos vocês e agradeço a oportunidade de trazer-lhes essas singelas palavras. Fiquem todos na paz e no amor do nosso Pai Maior.
Irmã Ester
Mensagem psicografada recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes
Pensamento do dia: " Que nós jamais nos esqueçamos que Deus nos ama infinitamente. Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é construída de sonhos e concretizada no amor (Chico Xavier).
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