A INFÂNCIA DO HOMEM

Meus amigos

Não pretendemos, nesse pequeno espaço de tempo, desenvolver um tratado de pediatria, a respeito do nascimento e dos cuidados a serem dispensados às crianças encarnadas na matéria. Vamos deixar isso para os especialistas, que entendem do assunto, muito melhor do que nós.

            Queremos relembrar os irmãos, de que o homem se encontra em sua infância espiritual, a cada encarnação quando, em função de uma espécie de “amnésia reencarnatória”, ele esquece totalmente os eventos referentes à sua existência ou existências pregressas.

            Assim como a criança no corpo físico, o espírito tem, na infância, a oportunidade de conhecer “um novo mundo” que se lhe abre diante de “seus olhos”. Durante esse período, o Espírito tem, igualmente, a oportunidade de desenvolver novos conceitos, receber informações e visualizar exemplos para correção de hábitos indesejáveis, arraigados em seu corpo perispiritual. Além disso, começa a sentir os fluidos de amor e de carinho que lhe são direcionados por aqueles que lhe são afins.

            Nesse período, quando possíveis sentimentos maiores estão obscurecidos, é que o espírito poderá absorver novos ensinamentos, modificar padrões viciosos, que o prepararão para a presente encarnação, agora, manifestando outro comportamento.

            Todo o mérito dessa nova oportunidade deve ser creditado à bondade de Deus, que permite ao Espírito uma “janela” durante o processo reencarnatório, para que ele possa abrir sua mente a todo um conjunto de renovações.

            A infância do homem, no sentido espiritual, coincide com o período em que a criança, no plano físico, ensaia, também, os seus primeiros passos.

            O desenvolvimento físico deverá lhe assegurar a formação básica do frágil corpinho, para assumir uma estrutura forte, desenvolvida, na fase adulta. Do ponto de vista do Espírito, tem ele a oportunidade de gerar princípios que lhe facultarão a formação de seu caráter, ou seja, na formação moral do futuro ser, quando na idade adulta.

            Recordem-se todos, quando Jesus disse:...deixai que as crianças se acheguem a mim”, e completou:”pois todos os que se assemelham a essas crianças, deles será o reino dos Céus”.

            Fica bem claro, que o Mestre não prometeu o reino dos Céus para as crianças, mas para aqueles que se comportassem como elas. Referia-se, assim, àquela característica particular das crianças, que se apresentam puras, inocentes, sem maldades, pelos menos aos olhos dos encarnados, durante a primeira infância.

            Quando observamos tantas crianças desencaminhadas, abandonadas, violentadas ou maltratadas, procuramos sempre refletir, se a inocência desses pequeninos seres não foi desperdiçada pela agressão por parte dos adultos e pela ausência dos princípios basilares de educação moral do futuro cidadão. Não conseguiram, portanto, receber orientações, nem treinar sentimentos de amor, de dedicação, de carinho e de renúncia, o que resultará em homens violentos, amargurados e de corações endurecidos.

            Como é triste observarmos esses inúmeros casos, pois sabemos que tais crianças, quando adultos, educarão seus filhos da mesma maneira que foram criados. Os que foram maltratados sentem-se no direito de maltratar, também, e o caminho torna-se um ciclo vicioso.

            Os ensinamentos e os exemplos proporcionados pelo Mestre devem ser priorizados, especialmente nos dias de hoje, pois os homens aprendem mais com os exemplos do que com as palavras. O espírito aprende que na faixa de conhecimento em que se encontra, se está presente a brandura, a dedicação e a doçura, consequentemente, se verá na obrigação de passar isso, também para seus semelhantes.

            Que os irmãos se conscientizem disso e que suas renovações sejam iniciadas com urgência, para que possam ser minoradas ou evitadas as manifestações de violência, que explodem, perigosamente, a cada dia.

            Que Deus nosso Pai nos perdoe e que Sua luz possa transformar e purificar os corações de todos os nossos irmãos encarnados.

              Um grande abraço do irmão

                                                               Marcos

Mensagem psicografada recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes

Pensamento do dia: "Eduquem as crianças e não será necessário castigar os adultos" (Pitágoras)