A PACIÊNCIA
Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs,
Em ocasião anterior, manifestamo-nos aqui, a respeito da angústia que nos assaltava, especialmente, quando pensávamos em poder auxiliar, pessoalmente, aqueles irmãos mais necessitados.
No interior dos muros do monastério, achávamo-nos impotentes para exercer tal assistência, de forma mais direta e eficiente.
Muito tempo depois, foi-nos revelado a importância de nosso trabalho intramuros, que também, tinha um poder de ajuda muito grande, porque não dizer, complementar ao atendimento pessoal.
Tudo isso foi-nos explicado, iluminando nossas consciências, e também, porque aprendemos a exercitar a paciência, uma das virtudes mais importantes, e preparatória, mesmo, ao próprio crescimento do Espírito.
Quantos irmãos e irmãs, submetidos à correria dos dias atuais, entendem que tudo o que almejam lhes será proporcionado de imediato, como se o requisitassem a uma máquina eletrônica. Coisas boas, coisas ruins, ambições descabidas, vinganças contra outros irmãos, todo e qualquer objeto de desejo, deveriam ser lhes oferecidas de imediato, comportando-se à semelhança de crianças mimadas. Basta querer, porque não têm tempo a perder.
A paciência, meus amigos, como dissemos, é a forma mais sensata de se obter aquilo que se deseja. Em qualquer circunstancia, é necessário respeitar o tempo ideal para que o fenômeno aconteça.
O que se deseja, muitas vezes, deverá ser gestado, incubado, amadurecido, para que possa surgir e resultar no melhor efeito possível. E não se esqueçam nunca, de que o resultado final, nem sempre, será aquele esperado.
Todos vocês, meus irmãos e minhas irmãs, aprenderam que cada um sempre receberá aquilo que mais necessitam, para seu próprio bem, o que nem sempre coincide com o que gostariam.
Mesmo as grandes dificuldades, as chamadas desgraças do cotidiano, as doenças e toda e qualquer ruína, fazem parte da caminhada de cada um. Em maior ou menor escala, muitos passaram ou passarão por tais situações desagradáveis, mas isso faz parte do aprendizado.
Conhecendo o amor e a bondade de Deus, deve-se entender que, muitas vezes, é o remédio amargo que proporciona a cura do doente.
A paciência, portanto, é necessária, para que o processo de restauração do equilíbrio seja completado e a situação volte à normalidade. Lembrem-se, que a semente lançada hoje ao solo, não resultará na colheita do fruto no dia seguinte. Para tudo é necessário esperar o tempo certo, sem correria, sem atropelo.
Para concluirmos nossa breve exposição, lembramos a todos, também, que o próprio Pai nos dá o exemplo sobre essa virtude tão importante, pois não se esqueçam, de que nossas faltas devem ser encaradas, por Ele, com muita condescendência, muita paciência, e ao final, Ele termina, sempre, nos proporcionando a oportunidade de nos redimirmos.
Se Deus tem paciência com todos nós, porque cada um não pode fazer a sua parte! Pensem nisso.
Que Deus, em sua infinita paciência, possa abençoar e iluminar todos vocês.
Irmã Ester
Mensagem psicografada recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes
Pensamento do dia: " A felicidade não está subordinada à satisfação dos nossos desejos diante da vida e sim, ao desejo de entender o que a vida espera de nós" (Richard Simonetti).
Nenhum comentário:
Postar um comentário