NAS PEGADAS DO MESTRE
Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs
Venho, como de hábito, trazer a todos vocês minhas orientações, desejando que as conclusões a que chegarem não permaneçam inertes em folhas de papel, mas que comecem a fazer parte do arcabouço espiritual de cada um.
Estamos sempre desfiando um rosário de erros, de imperfeições, de vícios que assolam a Humanidade. Estamos, também, orientando, o tempo todo, sobre a necessidade de correção de tais problemas, sempre insistindo no cumprimento das leis maiores estabelecidas pelo Pai Celestial.
Hoje, entretanto, preferimos mudar um pouco de estratégia. Optamos por tocar o coração de cada um de vocês e não puxar as orelhas, sensibilizando essas fibras enrijecidas, de tal forma que os sentimentos nobres possam abrir sulcos profundos em seu aconchego espiritual.
Sabem, meus irmãos e minhas irmãs, o que os espíritos imortais responderam, quando questionados pelo insigne Codificador da Doutrina Espírita, sobre o modelo e guia que a Humanidade deveria seguir?
A resposta foi simples e direta, por meio de uma simples palavra: Jesus. Esse é exatamente o ponto que gostaríamos de abordar hoje.
O que, de fato, representou a vinda do Mestre Jesus à Terra? O que foi que Ele legou aos homens? Quais os ensinamentos que propagou? Quais os exemplos que deixou?
Essas e outras questões podem ser respondidas de maneira bem simples, da mesma forma que sua trajetória pública há vinte séculos antes.
Jesus foi tão importante que a História da Humanidade foi dividida em dois períodos: antes e depois Dele.
Entretanto, o que mais deve ser destacado é o significado do seu legado. Os ensinamentos, os exemplos, as modificações causadas em seus seguidores, que vieram substituir, frontalmente, toda a orientação dos princípios religiosos que vigoravam até aquela época.
As bem-aventuranças, as parábolas de fundo moral, os exemplos de humildade, enfim, sua insistência em destacar sempre que a força maior que o homem deveria usar e que regeria a Humanidade do futuro tinha um nome: Amor.
Esse sentimento tão nobre, tão sublime, tão divino que, segundo o Mestre, quando associado à fé de cada um, conseguiria mover montanhas.
‘Amai-vos uns aos outros’, complementado pelo maior princípio de direito individual do ‘fazei ao próximo tudo o que gostaríeis que vos fizessem’ sintetiza, nas palavras de Jesus, toda a obrigação moral dos homens.
Nessa mesma ocasião, admitiu o Mestre, de modo claro e direto, que aquele que não amasse o seu irmão, o seu semelhante, o seu próximo, também não amaria a Deus.
Quanta sabedoria, quanta beleza, não é verdade meus irmãos e minhas irmãs?
Por isso reafirmo o que dissemos no início, que vamos insistir mais sobre analisar os exemplos edificantes, os princípios de ordem moral que Jesus legou e que deveriam servir de cartilha diária, de manual ou como quiserem chamar, para orientação básica de todos, uma vez que ele mesmo afirmou ‘ninguém vai ao Pai senão através de mim’.
Vocês não são obrigados a respeitar e a cumprir as leis civis?
Pois bem, da mesma forma, não seria importante que, para o crescimento e evolução do Espírito, os irmãos e irmãs acatassem e colocassem em prática, também os decretos divinos? Afinal, está em jogo a salvação, ou seja, a espiritualização de cada um.
Infelizmente, parece que o comportamento desequilibrado da sociedade atual, mesmo desfrutando de toda a evolução tecnológica, continua omisso, quanto aos progressos da alma e percebe-se, também, que as palavras de Jesus permanecem ecoando no deserto de leituras evangélicas.
Meus irmãos, minha irmãs, comecem dentro de seu ‘Eu’ a praticar os verdadeiros princípios éticos, iniciando em seu próprio círculo familiar, ampliando para os amigos e companheiros de trabalho.
Lembrem-se, que a evolução do homem deve sempre aliar o seu crescimento material ao crescimento espiritual, pois de nada adianta o progresso físico, se na for acompanhado do progresso moral. Pretender a evolução unilateral é comparar-se a um pássaro de uma só asa – ele nunca conseguirá alçar vôo.
Que Deus abençoe e ilumine a todos vocês, para que verdades importantes possam infiltrar-se e ramificar-se no interior de seus corações.
Irmã Ester
PENSAMENTO DO DIA: " O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrificios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros" (Chico Xavier).