terça-feira, 31 de julho de 2012


A CARNE É FRACA

     Quando alguém procura uma desculpa para justificar suas fraquezas, é comum ouvirmos a afirmativa de que a carne é fraca. A culpa, portanto, é da carne, ou seja do corpo físico. Esse é um assunto que merece mais profundas reflexões.
    O médico alemão Hahnemann, criador da medicina homeopática, fez a seguinte afirmativa: "o corpo não dá cólera àquele que não a tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao espírito. Se não fosse assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade?"


    Sábia consideração essa, pois encerra grandes verdades. Culpar o corpo pelas nossas fraquezas equivaleria a culpar a roupa que estamos usando por um acesso de cólera. Quando a boca de um guloso enche-se de saliva diante de um prato apetitoso, não é a comida que excita o órgão do paladar, pois sequer está em contato com ele; é o espírito, cuja sensibilidade é despertada, que atua sobre aquele órgão através do pensamento. Se uma pessoa sensível verte lágrimas, facilmente, não é a abundância das lágrimas que dá a sensibilidade ao espirito, mas, precisamente, é a sensibilidade deste que provoca a secreção abundante das lágrimas. Assim, um homem é músico não porque seu corpo seja propenso à musicalidade, mas porque seu espírito é musicista.
    Como podemos perceber, a ação do espírito sobre o corpo físico é tão evidente que uma violenta comoção moral pode provocar desordens orgânicas. Quando sofremos um susto, por exemplo, logo em seguida vem a sudorese, o tremor, a diarréia, etc. Outras vezes, um acesso de ira pode provocar dor de cabeça, taquicardia, ou até mesmo deixar manchas roxas pelo corpo. Quanto às disposições para a preguiça, a sensualidade, a violência, a corrupção, igualmente, não podem ser lançadas à conta da carne, pois são tendências radicadas no espírito imortal. Se assim fosse, seria fácil, pois não teríamos nenhuma responsabilidade pelos nossos atos, desde que, uma vez enterrado o corpo, com ele sumiriam todas as fragilidades e os equívocos cometidos. Toda responsabilidade moral dos atos da vida fica sempre por conta do espírito imortal, e não poderia ser diferente. Assim, quanto mais esclarecido for o espírito, menos desculpável se tornam as suas faltas, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem o do mal, do justo e do injusto. Todos nós, sem exceção, possuímos na intimidade a centelha divina, a força capaz de conter os impulsos negativos e fazer vibrar as emoções nobres que o Criador depositou em nós.
Fazendo pequenos esforços conquistaremos a verdadeira liberdade, a supremacia do espírito sobre o corpo. E só então entenderemos porque Jesus afirmou: "Vós sois deuses, podereis fazer o que eu faço, e muito mais."

         Base de consulta: O Céu e o Inferno, 1ª Parte, Cap. VII


Pensamento do dia:" Somos viajantes no tempo. Espíritos encarnados em um corpo material, com o objetivo de continuar nossa trajetória, procurando sanar erros do pretérito e ampliar os conhecimentos e as experiencias que nos permitem co-participar da grande obra do Criador" (Vanildo Favoretto).

quinta-feira, 26 de julho de 2012

           RECADO DO CHICO

           Os Espíritos Amigos sempre mostram disposição de nos
auxiliar, mas é preciso que, pelo menos, lhes ofereçamos
uma base... 
           Muitos irmãos encarnados ficam na expectativa do socorro do Alto, mas não querem nada com o esforço de renovação; querem que os espíritos se intrometam na sua vida e resolvam seus problemas...  
           Ora, nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se
propôs resolver o problema particular de alguém... Ele se
limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos
palmilhar por nós mesmos.

                                        Chico Xavier



domingo, 22 de julho de 2012


ALERTA AOS ESPÍRITAS

Deus seja louvado.
Que o Criador de todo o Universo, derrame sobre as nossas consciências, a luz da verdade para que o equilibrio possa guiar-nos através das verdades verdejantes da Doutrina Espirita.
Não foi o acaso que nos indicou o caminho da mediunidade, e sim nossos compromissos pretéritos. Conscientes do chamado, temos por dever fazer germinar em nossos corações a semente da humildade, pois, sem ela, estamos perdidos numa estrada longa e dificil. Não podemos, por um segundo sequer, negligenciar o Evangelho, remédio divino, néctar de amor que orvalha nossos espiritos para a eternidade. Muitos julgam privilégio receber o talento da mediunidade, e têm certa razão. Privilegiados são todos aqueles aos quais o Senhor confia um trabalho, seja ele, até dos mais humildes. Todavia, pegar o cajado e orná-lo de vaidades e mentiras é brincar com o plano de Deus.
Não é dificil caminhar por essa longa evolução - as mãos do orgulho, da vaidade, do egoismo, do amor próprio, da ganância, enfim, as garras perigosas que travam a longa caminhada de um médium. Ultimamente, estamos sempre alertando para o perigo de usarmos nomes veneráveis em mensagens que recebemos, não desejando um amigo espiritual simples e desconhecido. Sim, corremos atrás de aplausos, como se fôssemos astros que deles necessitassemos para seguir gloriosa carreira, esquecendo-nos de buscar no Evangelho a vida do Jesus. Sua simplicidade, como médium de Deus, lutando pela Doutrina renovadora, bisturi divino que nos moldou um corpo sublimado, porque à medida que ela penetra em nossos corações vamos modificando nosso modo de agir em relação ao próximo e a nós mesmos. Vamo-nos tornando juizes severos para com os nossos alheios.
Não estejamos preocupados em ver aceitas nossas idéias, mas lutemos para nos tornarmos uma carta viva do Cristo, dando exemplos doutrinarios por onde passarmos. Devemos ser luz de amor numa Terra cujas nuvens negras de sexo desregrado e dos vicios abatem-se sobre as familias, querendo destruir seus lares.
Os medium precisam concientizar-se de que são os novos apóstolos de Cristo, mensageiros de Deus, tendo que doar àquele que precisa. Não importa que a sua capacidade seja minima. Se você tem somente condição de apertar a mão de um sofredor, que o faça com amor e dignidade. Não deixe que o orgulho o leve a desejar algo além da sua capacidade, porque cada ser criado por Deus recebeu d'Ele um talento a ser multiplicado. Portanto, lute para se tornar digno da confiança que Ele tern em você. Nao vacile nem se julgue maior que os outros companheiros; meça suas palavras, não as pronuncie em vão, saiba onde ceifar e, quando o fizer, deixe que o Senhor fale pelos seus lábios. Quando alguém elogiá lo, baixe sua cabeça, num gesto de humildade, porque muitas vezes os elogios são pontiagudos espinhos que fazem aflorar a vaidade.
Segure seu Evangelho e não olhe para trás, siga sempre em frente, levando apenas como bagagem os ensinamentos doutrinários, que não lhe deixarão cair no ridiculo. É lamentavel defrontarmo-nos com mediuns vaidosos pregando uma doutrina afastada dos preceitos divinos, esperando colher aplausos e elogios, para tornar conhecida a sua mediunidade, quando Jesus legou-nos o exemplo do verdadeiro mensageiro de Deus. Inquirido varias vezes por Herodes se era capaz de dar vista aos cegos e fazer andar os coxos, Ele se calou, porque o poder que d'Ele emanava era tão grande, que não precisava de propaganda. Se Jesus não fosse o Verbo de Deus, teria agido de outra maneira, orgulhando-se do seu dom. Mas Ele veio à Terra para nos ensinar o caminho da perfeição.
Por que, dizendo-nos espiritas, ou crentes em Jesus, ainda relutamos em segui-Lo? Devemos conhecer Sua vida, porque ela está repleta de renúncias. Muitas vezes nossa vaidade não nos deixa caminhar firmemente; preferimos a estrada larga e passageira dos aplausos e dos elogios. Numa casa humilde de Cafarnaum, Jesus orou junto aos seus apóstolos. Por que não transformamos nossas Casas Espíritas em templos de amor, com o objetivo de nos tornarmos mensageiros de Cristo? A mediunidade é uma rosa que pode desfolhar-se pelo chão, mas quando tem por beija-flor os ensinos doutrinários, perpetua-se em perfume de esclarecimento para todos os sofredores.
Portanto, irmãos, logo estaremos sendo chamados. Queira Deus, jamais aqui voltemos para pedir nova oportunidade, porque fracassamos; que cada um cumpra com o seu dever; que transforme este cajado numa árvore frondosa cujos frutos venham a alimentar muitas almas famintas. Que Deus nos ajude a trilhar as verdades da vida, levando no coração, o amor e na consciência o respeito às Leis de Deus.
        Luis Sergio, do livro “Dois Mundos Tão Meus”


Pensamento do dia: " Sempre recebi os elogios como incentivos dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência de que ainda não sou..."(Chico Xavier). 

quarta-feira, 18 de julho de 2012


FIXAÇÃO MENTAL

Você já teve a sensação de que não fechou a porta, não desligou o ferro elétrico, não travou o carro, não apagou a luz?
Essas situações surgem, pondo em dúvida o que há poucos minutos tínhamos como uma certeza.
Se nós nos deixamos atormentar por tais idéias, elas passam a fazer parte do nosso cotidiano, transformando-se em neuroses que, em escala maior, causam-nos prejuízos. É a chamada idéia fixa, fixação mental ou monoidéia.
Nessa mesma linha de raciocínio, os sentimentos de ciúme, de inveja, o fanatismo político, religioso e esportivo, considerados os graus de intensidade, podem causar danos à nossa economia espiritual.
Causados por essas idéias fixas, surgem as ansiedades, os medos, as inseguranças, as mágoas guardadas, entre outros males.
Quando agasalhamos esses sentimentos em nossa intimidade, de maneira a nos deixar atormentar por eles, a tal ponto que se constituam em idéia fixa ou monoidéia, poderemos gerar desequilíbrios e perturbações de difícil remoção.
Se percebermos as insinuações dessas idéias negativas tentando instalar-se em nossas mentes, envidemos esforços para expulsá-las imediatamente.
Empreguemos a vontade firme, a iniciativa, a perseverança nos bons propósitos, a fé e a paciência, como verdadeiros antídotos para expulsar essas idéias perniciosas.
A transformação moral, a ação no bem, os nobres ideais do sentimento, da arte, da cultura, são medidas eficientes na prevenção de idéias indesejáveis.
Se, por vezes, nos encontramos enredados nas teias de circunstâncias perturbadoras, façamos uma análise dos pensamentos que alimentamos, pois neles estão a causa desses desequilíbrios.
Portanto, manter a mente e as mãos ocupadas no trabalho nobre são medidas profiláticas, que nos fortalecem espiritualmente, predispondo-nos à libertação definitiva dessas verdadeiras prisões mentais.
Busquemos arejar a nossa mente com o otimismo, com leituras edificantes, com fé em Deus, permitindo-nos ser felizes tanto quanto se pode ser feliz sobre a Terra.
Jesus asseverou que onde estiver nosso tesouro, aí estará nosso coração.
Que a esperança seja o nosso grande tesouro e que nosso coração possa estar sempre balsamizado por suas luzes, iluminando-nos a alma e ajudando-nos a libertar-nos, em definitivo, das prisões mentais que tanto nos infelicitam.
            Lembrem-se: 

Nos momentos em que nos permitimos fixações mentais desajustadas, Espíritos infelizes podem sugerir-nos idéias maléficas, aumentando nosso desequilíbrio.
Nessas situações, podem incitar-nos o orgulho, a sede de vingança, o ciúme, as fobias, entre outros males.
Não foi outro o motivo pelo qual Jesus recomendou vigilância e oração.
A vigilância sobre os pensamentos que emitimos, a fim de que possamos controlá-los, não nos permitindo cair nas sugestões infelizes de Espíritos atormentados.
E a oração, na busca de inspirações nobres vindas do Alto.
                                                                                       
Redação do Momento Espírita

   Pensamento do dia: " Fugir dos obstáculos, reclamar, entristecer-se com as decepções que a vida nos impõe é perder a oportunidade de aprimorar nossas atitudes, exercitar a conexão com a paz interior, colher da vida seus ensinamentos, para que tempestades futuras não possam abalar a nossa alegria" (Autoria desconhecida).

 

domingo, 15 de julho de 2012


ALCANÇAR A FELICIDADE

Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs,

                Diz um provérbio, já um tanto esquecido ”...Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”.
                Como já concluíram, meus irmãos e minhas irmãs, quando será que vocês poderão se sentir seguros de que estão prontos?
                Quando poderão entender que tudo o que almejam poderá ser conquistado, pura e simplesmente, através da mudança no comportamento de cada um!
                Oh! Meus irmãos. Já é chegado o tempo em que deverão descobrir como é importante procurar a sabedoria espiritual e como conquistá-la. Essa sabedoria, no entanto, poderá estar distante, caso virtudes precursoras a ela, como a paciência, a tolerância, a humildade, o amor e outras, não forem, antes, plantadas e cultivadas no coração de todos vocês.
                A conquista de um lugar mais elevado, de padrão vibratório mais sutil, está na dependência do esforço próprio individual. Vocês já aprenderam que cada um é responsável pelo seu próprio crescimento e que a ascensão espiritual é sempre uma conquista pessoal, e ninguém poderá crescer, espiritualmente, atrelado a outro irmão.
                Então, quando estarão devidamente prontos para receber o Mestre? 
                Há quanto tempo Jesus se propôs a ensiná-los e até hoje o ignoraram?
                Alguns, ou muitos podemos dizer, lhe viraram as costas; então, como querem ser felizes, como esperam que Deus possa abrir seus corações, sanar suas chagas morais, indicar o caminho a ser trilhado, se ainda não confiam Nele!
                Isso não dá certo, porque os irmãos querem as facilidades e as benesses em sua vida, mas não abrem mão dos sacrifícios necessários para alcançar tal plenitude.
                Saibam que o Pai Celestial não exige sacrifícios impossíveis de serem feitos. Deseja, apenas, que se mantenham fiéis no caminho do bem, na mesma direção em que, como irmãos procurem amar seus outros irmãos e que se sintam benfazejos diante da oportunidade de trabalhar e ajudar, sempre que for solicitado.
                Jesus já afirmara que Ele próprio não viera para ser servido, e sim, para servir.
                Procurem se conscientizar, afirmando sempre para si mesmos, e acreditando em tudo que mentalizam, como podemos exemplificar-lhes, em seguida:
                 Senhor! Agradeço de todo o meu ser, de todas as minhas forças e de todo o meu coração, por tudo o que sou e pelas oportunidades de crescimento que me proporcionou;
                Quero agradecer, Senhor, pelas dificuldades que me destinou, pois sei que são obstáculos importantes que necessito transpor, para o meu próprio bem e meu crescimento espiritual;
                Obrigado, Senhor, pela família que tenho, pois aprendi que as diferenças ou as oportunidades de ajudar e ser ajudado, são proporcionadas pela convivência pacifica ou tumultuada, conforme a posição em que eu concorde em permanecer;
                Obrigado, também, por proporcionar-me a inteligência, que me permite divisar o melhor caminho a ser trilhado, de aprender que a luz somente se intensificará quando eu fizer por merecê-la, e que Tu, Senhor, me dará exatamente aquilo que mereço, que nem sempre é tudo o que desejo;
                Obrigado, Pai, por ensinar-me a cuidar e a amar, a mim e aos outros, pois como Teu filho, sei que teu amor é tão grande, e que, mesmo meus defeitos, minhas travessuras e até faltas mais graves Tu relevas, entende e ainda me proporciona tantas oportunidades quantas forem necessárias;
                Por tudo isso, Senhor, tenho apenas que agradecer e refletir, pois, durante tanto tempo Te ignorei, mas, finalmente, agora Te encontrei.
                Perceberam, meus irmãos, como assim pensando e agindo, seus caminhos se abrem, a luz que parecia distante começa a se fazer enxergar; então,  o discípulo, agora no caminho certo, estará pronto e o Mestre aparecerá.
                Deus, que é infinitamente bom, mas também justo, proporcionará sempre a oportunidade almejada por todos, mas, não se esqueçam que tal mérito estará sujeito à semeadura de cada um. O merecimento é, invariavelmente, a chave para se conseguir abrir a porta da conquista espiritual.
                Que Deus proteja, abençoe e ilumine todos vocês
                                                                                              
                                                      Irmã Ester                       

             Mensagem psicografada recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes

Pensamento do dia:" Fazer a felicidade dos outros é a melhor maneira de ser feliz" (Antero de Quental).

terça-feira, 10 de julho de 2012


É Preciso Saber Ajudar

Ver crianças passando por necessidades, seja em fotos do Afeganistão ou sob a marquise de um prédio a três quarteirões de casa, é sempre triste. E é quando nos perguntamos: o que se pode realmente fazer, enquanto cidadão e enquanto espírita?
São muitas as ações espíritas voltadas à infância e à juventude sem recursos, moradora das sub-habitações urbanas, subnutrida, sem escola e sem família estruturada, grande parte já trilhando os caminhos tortuosos da delinqüência.

Mas um fato observável, sobretudo nos grandes centros, é que o tipo de trabalho social comumente desenvolvido pelas entidades supre apenas necessidades imediatas e cria uma dependência viciosa das famílias com respeito às doações. Centros espíritas se estabeleceram, há vinte ou trinta anos, próximos à favela, e a favela só faz crescer!!
Doa-se roupa, comida e material de construção, mas a pobreza nunca deixa de existir. E as crianças nascem e crescem neste ambiente, também vão à casa espírita para receber. Mesmo as que nunca comparecem à “Evangelização” surgem do nada, quando é Páscoa ou Dia da Criança, esperando ganhar... “O que é que a gente vai ganhar?” – perguntam. Isto significa que nosso modelo vem fazendo mais estragos do que se supunha, já está passando de pai para filho.
E este seria o momento de nós nos perguntarmos como espíritas: o que é que estamos fazendo? Para que estamos trabalhando? Como estamos educando?
Não basta ajudar. É preciso saber ajudar.
Primeiro, conscientizar-se de que não há vítimas ou coitadinhos neste mundo. Todos vivemos um processo evolutivo e buscamos condições de aprimoramento espiritual. Socialmente, a vida nos coloca em várias posições, dependendo da lição que devemos aprender, mas todos estamos aqui para aprendê-la.
Os pobres não são vítimas da injustiça social, porque não existe injustiça social, mas necessidade e merecimento individuais. Será que recebemos estas criaturas na casa como Espíritos em processos difíceis de aprendizagem? Ou como criaturas “carentes”, incapazes de melhorar de vida e saírem da miséria, a quem oferecemos doações por tempo indeterminado? Até que ponto se trabalha para que eles, muito embora necessitem de donativos em situações emergenciais, passem a prover seu próprio sustento, assim que estejam devidamente capacitados ou empregados?
A esmola que muitas vezes se dá e que se chama de caridade, ou humilha, ou cria “sem-vergonhas”. E as crianças, mesmo as menores, já estão vivendo esta realidade, enquanto a casa espírita trabalha em prol de gerações de dependentes, e o mundo não se torna nem um pouco melhor com isto.
É claro que os pequenos trazem carências mais sutis, ligadas à ausência de estímulos, de vínculos afetivos firmes e de atenção emocional, que não podem ser desprezadas nem resolvidas com café com leite e que pedem ações imediatas.
Não, não tenho soluções. Quanto aos adultos, entendo que a casa espírita deveria ocupar-se daqueles que realmente desejam progredir, que se integram a algum tipo de treinamento profissional, que querem melhorar de vida, ou que buscam um conforto espiritual e o conhecimento das leis da vida, para se reerguerem.
Para todos os outros, as portas da instituição permanecem abertas, assim que decidirem investir no próprio aprimoramento.
Às crianças, que se ofereçam oportunidades e afeto verdadeiro, atenção individualizada na medida do possível, mas deixando claro que, por mais que as amemos, não cuidaremos delas pelo resto de suas vidas, assim como não fazemos com os nossos próprios filhos. Cuidado com promessas que não poderão ser cumpridas. Precisaremos oferecer-lhes condições de desenvolver a auto-estima e a auto-responsabilidade, sem responsabilizar pais ou sociedade pelo que quer que lhes venha a acontecer de desagradável, no futuro, mas a si mesmas já que contam com seu livre-arbítrio. Poderemos ajudá-las a desenvolver o amor ao trabalho, o desejo de aprender, ensiná-las a estabelecer objetivos de vida e a buscá-los.
Muitas pessoas, que implantam obras sociais ou que se inscrevem como voluntárias da assistência, fazem o melhor que sabem, acreditam fazer o bem. Mas é preciso verificar se este é um bem real ou ilusório, se está melhorando de fato a vida das pessoas assistidas e ajudando-as a progredir ou a permanecerem estacionadas no comodismo.

  Rita Foelker (do site www.espiritismo.org.br)

Pensamento do dia:" Quando quiser doar alguma coisa doe o que de melhor há em você" (Neimar de Barros).

quinta-feira, 5 de julho de 2012


REUNIÃO MEDIÚNICA

Reunião mediúnica de desobsessão é das tarefas mais sérias na Doutrina  Espírita - requisita muita disciplina e idealismo da parte de todos os seus integrantes!
Não é atividade para satisfazer a curiosidade daqueles que a constituem. Trata-se de serviço de enfermagem espiritual dos mais importantes, beneficiando encarnados e desencarnados.


Por assim dizer, é uma terapia em grupo, na qual muitos dramas relacionados com o pretérito são deslindados ou, pelo menos, começam a se deslindar. A referida reunião, pois, deve deixar de ser encarada como uma aventura ou oportunidade para que médiuns e dirigentes façam qualquer exibicionismo de natureza personalista.
Não é fácil para os Espíritos Amigos se mobilizarem a fim de conduzir ao ambiente da reunião os desencarnados, carentes desse contato mais estreito com as impressões e reminiscências físicas - muitos deles, com o propósito de auxiliar os que se encontram fora do corpo, sem terem maior consciência do fenômeno da própria desencarnação, quase necessitam se materializar.
Reunião mediúnica improdutiva é de responsabilidade de todos os que a integram, mormente de seu dirigente, que, às vezes, não consegue manter o grupo coeso e motivado para o trabalho.
O médium inconstante em semelhante labor prejudica o rendimento de toda a equipe e deve ser fraternalmente advertido por quem permanece com a responsabilidade de dirigi-lo.
Outra coisa: a reunião mediúnica de desobsessão não é para atender interesses particulares deste ou daquele, como, por exemplo, evocar a presença de supostos espíritos que lhe estejam causando prejuízo - a ele ou à sua família, seja em casa ou nos negócios.
A comunicação mediúnica, tanto quanto possível, deve ocorrer de maneira espontânea e não provocada. Mas, por outro lado, através da oração silenciosa, ninguém é proibido de rogar a intercessão do Alto em benefício de algum problema espiritual que, direta ou indiretamente, esteja atravessando.
Não raro, o diálogo esclarecedor com uma única entidade comunicante beneficia muitas outras - por este motivo, o médium interlocutor (aquele que é chamado a dialogar com os espíritos manifestantes) necessita estar imbuído de muito amor, não apenas de conhecimento. Afinal, doutrinação mediúnica não é torneio doutrinário!
De minha parte, digo-lhes que, estagiando no corpo carnal, depois do livro espírita, a reunião mediúnica de desobsessão foi o que mais me ensinou - mais até que a Psiquiatria! - sobre a verdadeira natureza do ser humano. Tal atividade – eu assim a considero - é um curso avançado de auto-conhecimento.
Muita gente me pergunta se eu sou contra a Apometria. Não, não sou. "Quem conosco ajunta, não espalha." Tampouco considero a Apometria tarefa anti-doutrinária. Tudo que exalta a crença na imortalidade da alma e, consequentemente, se opõe ao materialismo degradante, deve merecer nosso respeito. No caso da Apometria, a única ressalva que faço é que nós não estamos conseguindo, nos centros espíritas, fazer nem "o arroz com feijão" - em outras palavras: a tarefa mediúnica tradicional, pura e simples! Por este motivo, considero uma temeridade nos arriscarmos em atividades mais complexas, que naturalmente exigem maior disciplina e comprometimento. Quem não consegue o fácil, não deve se lançar ao difícil.
No mais, fica a recomendação: estudem um “livrinho” de André Luiz que anda meio esquecido de vocês aí, na Terra, denominado "Desobsessão"!

                                                  Inácio Ferreira

Pensamento do dia: " Estais convencidos de que o Espiritismo deve trazer uma reforma moral; que a vossa reunião espírita seja, pois, a primeira a dar o exemplo das virtudes cristãs, porque nesses tempos de egoísmo, é nas sociedades espíritas que a verdadeira caridade deve encontrar um refúgio" (Fénelon, em O Livro dos Médiuns).

domingo, 1 de julho de 2012


CUIDADO COM A MEMÓRIA DE SUA CASA !

O padrão vibratório de uma casa tem relação direta com a energia e o estado de espírito de seus moradores. Tudo o que pensamos e fazemos, as escolhas, os sentimentos, sejam bons ou ruins, são energias. O resultado reflete nos ambientes, pessoas e situações.
O corpo é nossa primeira morada e nossa casa, sua extensão. É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos estender esses cuidados e carinhos ao lar. Mais que escolher o imóvel e enfeitá-lo com móveis e objetos - muitas vezes guiados apenas por modismos ou pura praticidade -, a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de vida, história e sonhos.
Há quem acredite que, colocando cristais, sinos de vento, fontes, espelhos, instrumentos do feng shui, é possível atrair bons fluídos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco, pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho e com muita energia boa.
Além de atrair bons fluídos para nosso lar, temos todas as condições de criá-los no interior do próprio ambiente. O conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se chama de egrégora.
Você, com certeza, já esteve em uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem-estar e sensação de acolhimento, independe da beleza, luxo ou qualquer outro fator externo. Essa atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito positivo de seus moradores. Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e, às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora rapidamente, ainda que sejamos bem tratados.
O que poucos sabem é que as paredes, objetos e a atmosfera da casa têm memória e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores. Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas e discussões desnecessárias. Observe seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho.

Não pense mal dos outros. Pragas, nem pensar! Selecione muito bem as pessoas que vão freqüentar sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem-vindas porque trazem alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e muito menos uso de drogas, que atraem más energias.
Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada.
Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e o ambiente onde mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons para começar, não é mesmo?

Reflita sobre como você vive em sua casa, no que pensa, como anda seu humor e reclamações do seu dia-a-dia. Tudo isto interfere no seu astral.
Coloque os pensamentos em dia e utilize flores naturais em sua casa.

                                                  Franco Guizzetti

Pensamento do dia:" Quando não existem inimigos interiores, os inimigos exteriores não conseguem ferir você" (Provérbio Africano).