domingo, 3 de junho de 2012


ACEITAR AS PROVAS 

            Quanto sofrimento Ele suportou, começando por vestir um corpo físico grosseiro, bastante denso, e continuou em sua jornada terrena, quantas vezes incompreendido e, posteriormente, insultado, desprezado e martirizado.
            Quanta dificuldade encontrou para semear novos princípios em mentes ainda rudes, ignorantes e muito volúveis, para assimilar verdades elevadas, mesmo que transmitidas em linguagem simples, na forma de pequenas histórias corriqueiras da vida do dia-a-dia.


            Quanta tristeza experimentou, quando após sua partida, e no decorrer do tempo, verificou que os seres humanos distorceram muitas de suas palavras, substituindo as bases cristãs do Reino de Deus, pela ambição do poder temporal, exaltando o egocentrismo e as vantagens pessoais, como só o egoísmo consegue explicar.


            Creio que podem concluir que estamos nos referindo à figura impoluta do Mestre Jesus, e se Ele próprio submeteu-se à essa série de provações, mesmo sendo uma entidade angélica, que nada tinha a expiar, por que o irmão encarnado não consegue suportar, na atualidade, o menor sofrimento.
            As facilidades oferecidas nos dias atuais, a divulgação, via publicidade, das vantagens que o homem pode obter, sempre exaltando os bens e costumes materiais, tornam difícil ao mesmo conviver, ou mesmo, aceitar as suas próprias dificuldades.
            Assim, o homem entende que o sofrimento na matéria é sempre um castigo terrível, o qual se recusa a aceitar. Falta-lhe, portanto, entender que tudo o que lhe acontece de desagradável ou insuportável é uma espécie de lenitivo e funciona como bálsamo curativo para suas feridas espirituais.
            O sofrimento, pois, é conseqüência dos erros e excessos praticados no presente e no passado. Tais conseqüências resultam de semeaduras anteriores equivocadas, que agora se transformam em dores, de ordem física, moral, ou mesmo, de cunho familiar.
            Lembrem-se que o sofrimento do Mestre, na vida física, foi sempre para ajudar a conscientizar os irmãos encarnados, seja pelos ensinamentos dos princípios basilares do Cristianismo nascente, seja pelos exemplos que deixou em todos os momentos de sua peregrinação evangélica na Terra.
            Jesus não morreu para salvar os homens como apregoam as religiões tradicionais. O sofrimento maior do Mestre, ainda hoje, é pelo fato de os seres encarnados não terem compreendido a sua mensagem.
            Necessário se faz, portanto, que os irmãos reflitam, com muito carinho, sobre os objetivos que, realmente, almejam.
            Se decidirem que o interesse é apenas usufruir dos gozos materiais, incluindo os prazeres e vícios imediatos, dos quais não admitem renunciar, podem se preparar para uma existência difícil no futuro, com muitos obstáculos à frente. Isso porque, como sabem, a evolução do homem não está centrada apenas na matéria, mas também, no seu componente espiritual, o que deve ser ressaltado, ser esse último o mais importante.
            Procurem rever seus conceitos, analisar seus comportamentos e poderão concluir que, quando conseguirem se enquadrar nos Ditames Divinos, deverão contemplar resultados melhores no futuro, livrando-se das dores e sofrimentos, em conseqüência da negligencia no presente.
            Nada disso é difícil. O mais importante é a fé, ou seja, acreditar na vida futura e munir-se de uma grande força de vontade, a vontade de mudar para poder crescer espiritualmente.
            Deus abençoe a todos vocês, meus irmãos e minhas irmãs.
                                                       Irmã Ester

          Mensagem psicografada recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes

Pensamento do dia: " Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito" (Chico Xavier).

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