DOENÇA DO CORPO OU DA ALMA?

Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs,

            É muito triste, aos olhos humanos, quando os seres encarnados se deparam com um irmão acometido por doença grave, e que está atravessando um sofrimento prolongado.

            Quando isso ocorre, é comum a união dos responsáveis, ou seja, dos parentes e amigos que se dispõem a dar o apoio necessário ao ser em provação.

            A perda da saúde, ou melhor dizendo, o prejuízo que se configura, em função das alterações na organização física e fisiológica daquele que se acha acamado ou adoentado, tem sempre uma causa definida.

            É interessante, e louvável mesmo, que todos se acheguem ao redor do paciente, solidarizando-se com a sua dor e, o que é mais freqüente, questionando-se a respeito do porquê dessa doença ou  desse sofrimento estar presente naquele corpo debilitado; essa solidariedade ao irmão em provação é muito importante, pois permite a todos aqueles que se sensibilizam com o mesmo, que rezam pelo seu restabelecimento, ou mesmo, que se sacrificam para lhe dar todo o apoio necessário, desenvolver um grau de desprendimento e suplantação do egoísmo, que muitos ainda carregam consigo.

            O mais importante, porem, não é objeto de consideração, principalmente quando se questiona sobre a causa de tal enfermidade ou sofrimento.

            Vocês aprenderam que a semeadura realizada, ou mesmo, os desdobramentos resultantes da mesma, podem resultar em conseqüências não muito agradáveis.

            O organismo humano, o corpo físico usado para a finalidade de depuração e crescimento do Espírito, pode ter sido comprometido nesta, ou em existências anteriores. Os danos provocados, não apenas na matéria, mas também, em função de inserções mentais negativas ou produto de maledicência, terminam por depositar fluidos deletérios, imantações malignas que, a longo prazo, incorporam-se ao corpo perispiritual do Espírito e são levados com ele após a desencarnação.

            O resultado dessas imantações, provocadas pela incúria no falar e no agir, como a maledicência, a persistência no ódio, no rancor e também, como resultado dos vícios, terminam por se concentrar e, assim, necessitam ser expurgados, postos para fora do corpo físico. Isso ocorre, normalmente, através das doenças ou males do corpo físico.

            Quando o irmão, então, se depara com uma doença, pode ter certeza que uma parte danificada do seu arquivo perispiritual está sendo purificada. Isso, no entanto, não dispensa a dedicação, o carinho para com o ser em sofrimento, que não deve ser negligenciado, pois mesmo que seu estado seja conseqüência de semeaduras infelizes, é dever de todos ajudarem sempre que for necessário.

            É a doação, o sentimento de auxiliar, o amor que se coloca nessa prática, que promove o espírito encarnado caridoso, abrandando as fibras de seu coração e proporcionando-lhe a grandeza de poder ajudar, de ser útil ao seu irmão nessa prova infeliz.

            Nunca se esqueçam, portanto, que, independente da causa que envolve o sofrimento alheio, todos têm o dever de ser úteis.

            A dor, o sofrimento, a doença, são caminhos para os quais o Espírito é conduzido, sempre com a finalidade de depuração. O que se espera é que todos se precavejam, no sentido de evitarem tais provações.

            Entretanto, caso tenham negligenciado, Deus nosso Pai, sendo infinitamente justo, sempre permitirá a todos os seus filhos a oportunidade de resgatarem suas faltas.

            Que esse mesmo Pai, que ama seu filhos, indistintamente, nesse momento possa abençoar todos vocês

                                                 Irmã Ester

         Mensagem psicografada recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes

Pensamento do dia: "Lembre-se de que amar é o remédio que cura as enfermidades do Espírito. O amor tudo transforma e faz da dúvida e do desespero nascer a paz. Amar é fazer Deus viver em você"( Autor desconhecido).